MÉCIA DOS MAUS VENTOS?!

Muitas foram as uniões de reis e rainhas de Portugal com membros da corte espanhola.  Um dos enlaces mais desastrados desses, foi o da espanhola D. Mécia de Haro com o rei D. Sancho II, em 1245.

D. Mécia revelou-se  uma peste! Logo era conhecida na Corte como a “Mulher-diaba”, a ”Eva-pecadora “(Sancho II teria “sócios”), e a “Feiticeira”. Contrastando com a sua personalidade forte, D. Sancho II foi um fraco – o tipo de marido que os portugueses chamavam de “Gonçalo”, “em cuja casa manda mais a galinha do que o galo”. Os cronistas da época descrevem a rainha como desordeira e criadora de atritos com o Clero. O casamento não poderia acabar bem: Tantas fez D. Mécia, que o matrimônio foi anulado pela Igreja, e o infeliz D. Sancho II, deposto do trono.

Em função desse episódio, o povo teria cunhado o adágio: Da Espanha, nem bons ventos, nem bons casamentos!

Quanto a parte dos ventos? Bom, primeiro entram no ditado para propiciar a rima, depois porque é da Espanha que vem o frio vento leste no inverno, e o abrasador “suão”, no verão…