Ó LÍNGUA!

Gregório de Matos tinha 47 anos quando voltou ao Brasil sob a proteção do arcebispo da Bahia, D. Gaspar Barata. Tantas e tais fez Gregório de Matos na Bahia que não só perdeu a proteção daquele prelado, como ainda foi degredado para Angola.

 O degredo deveu-se à excessiva agressividade ao governador, cujo filho, Antônio da Câmara Coutinho, apareceu na Bahia disposto a matá-lo. D. João de Lencastre, admirador do poeta, evitou que tal acontecesse despachando-o para Angola. E lá partiu ele destratando a Bahia:

                        “Adeus praia, adeus cidade,

                        Agora me deverás,

                        Velhaca, o dar eu a Deus

                        O que devo ao demo dar,

                        (…)”