VÁ PARA O DIABO!

Em Fortaleza, um devoto prometera acompanhar, de joelhos, a procissão de encerramento das festas de S. Francisco. Cumpria a promessa e, mais do que isto, dizia ainda, em voz alta, repetidas vezes, em todos os quarteirões do trajeto.

 – Senhor, eu pequei!… Senhor, eu pequei!

O político João Facundo de Castro Menezes estava em sua casa entregue ao estudo de certos documentos importantes, com os postigos fechados, quando ouviu aquela voz cavernosa berrar de sua calçada, por mais de uma vez, a citada confissão.

Irritado por não poder concentrar-se na leitura, João Facundo abriu a janela e gritou para o crente:

– Olhe meu amigo: faça a gentileza de ir pecar mais adiante!…