A LANTERNA DO CÉGO

Uma noite escuríssima ia um cego pelas ruas com um luz na mão, e um cântaro de água ao ombro. Perguntou-lhe um dos que passavam:

– Tolo, de que serve essa luz? Não é para ti o mesmo a noite que o dia?

Respondeu o cego, rindo-se:

– Não levo a luz para alumiar-me, senão para que um imprudente, como tu, não me dê um esbarrão e me derrube o cântaro no chão.