MÁGOA DO JOGADOR

Foi um dia confessar-se um jogador, e depois de haver-se acusado do muito que o dominava essa maldita paixão, o confessor o admoestou com veemência que deixasse um vício que trazia tanto desassossego e tão más conseqüências. E entre outras coisas não deixou de inculcar-lhe o prejudicial que era a perda de tempo.

– Isso sim, padre, – interrompeu-lhe o jogador – isso é o que me incomoda sobremaneira! Que se perca tanto tempo para embaralhar as cartas!