INSULTO

Certo dia, no Rio, Aparício Torelly foi vítima, perto de uma farmácia, de acidente nervoso, com perda dos sentidos. Acorreram médicos e frascos de éter. O paciente, despertando, ouviu sussurrar o diagnóstico de “insulto apoplético”.

– Foi mesmo um insulto, doutor?

– Não, não foi nada. Pode ir descansar. Tudo já passou…

– Ainda bem… Sempre me dizia meu pai, não levasse insulto para casa.