FALÊNCIA BANCÁRIA
Ia, Emílio de Menezes, num bonde, sentado num banco em que já se achavam duas avantajadas matronas. A certa altura da viagem, o banco, talvez porque não resistisse ao peso – como se sabe Emílio era enorme – cedeu e os passageiros caíram. Emílio, ao levantar-se, ria com aquele seu riso sacudido, tão seu.
Uma das mulheres, porém, não achou graça e perguntou ao vate por que se ria, se ele também caíra.
– Rio – respondeu Emílio – porque é a primeira vez que um banco se quebra por excesso de fundos.