ESTRANGEIRO
Dois indivíduos passaram a manhã, a tarde e a noite numa taverna. Ao sair à rua, vendo grande claridade, disse um deles:
– Homem, que formosa lua!
– Companheiro, tu estás mal, – replicou o outro, rindo. – Porque isto não é lua, é sol.
– Pode ser que tenhas razão. Espere: ali vem um homem e eu vou perguntar-lhe. Diga-nos, bom homem: este resplendor é de sol ou de lua?
– Os senhores terão que me perdoar, mas como sou estrangeiro, não lhes posso tirar a dúvida.