Arquivo da Categoria ‘De 1800 a 1900’

OUTRO NÍVEL

Numa enfermaria da “Santa Casa”, em camas contíguas, duas mulheres vítimas de atropelamentos, contam uma à outra o modo como o desastre lhe sucedeu:

– A mim passou-me por cima um cabriolé de praça de um cavalo, – diz a primeira.

– Pois a mim, foi uma carruagem particular de quatro cavalos – informa a outra, olhando para a companheira com olhares superiores.

TRENS BRASILEIROS

Numa estação de estrada de ferro, um viajante dirige-se ao chefe e pergunta:

– Diga-me a que horas chega o trem-correio?

– O correio?! – responde o chefe da estação pensativo, – o correio chega quando pode.

– E o expresso?

– O expresso chega quando quer.

PARA CASAR

Entre marido e mulher:

– A nossa filha completou a sua educação, – diz a esposa. – A Matilde sabe pintar, dançar, montar a cavalo e tocar piano. É chegada a ocasião de a casarmos.

– Tens razão, – respondeu-lhe o esposo. – É preciso arranjar-lhe um marido que saiba cozinhar e dar pontos nas meias.

QUASE

Entre boêmios, num café:

– Digo-te que é uma sensação indescritível deixar-se a gente ficar na cama e tocar a campainha para chamar a criada.

– Bravíssimo! Chegaste então a este luxo. Tens uma criada!

– Ainda não… Por ora só tenho a campainha.

BEM QUE EU SENTIA…

O marido intruja a mulher, dizendo-lhe que vai caçar, mas vai mesmo é à farra com amigos. Sai de casa levando a bolsa, os cartuchos e o cão, mas esquece-se da espingarda.

Quando volta daí ha dois dias, a mulher recebe-o de má catadura.

– E a espingarda?… diz-lhe num arzinho de mofa.

– Não me fales nisso, filha! Toda a caçada levei a dizer comigo: A mim falta-me alguma coisa…

NO QUARTEL


– Sargento.

– Pronto, meu capitão.

– Por que castigou o soldado 81?

– Porque o apanhei querendo arremedar vosmecê diante da companhia.

– Arremedar-me! Mas que fazia esse patife?

– Repetia as vozes de comando, berrando como uma besta.