Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’
VÁ PARA O DIABO!
Em Fortaleza, um devoto prometera acompanhar, de joelhos, a procissão de encerramento das festas de S. Francisco. Cumpria a promessa e, mais do que isto, dizia ainda, em voz alta, repetidas vezes, em todos os quarteirões do trajeto.
– Senhor, eu pequei!… Senhor, eu pequei!
O político João Facundo de Castro Menezes estava em sua casa entregue ao estudo de certos documentos importantes, com os postigos fechados, quando ouviu aquela voz cavernosa berrar de sua calçada, por mais de uma vez, a citada confissão.
Irritado por não poder concentrar-se na leitura, João Facundo abriu a janela e gritou para o crente:
– Olhe meu amigo: faça a gentileza de ir pecar mais adiante!…
CONFRONTO DE FERAS
No tempo em que a aplicação de sanguessugas faziam parte do tratamento médico padrão, um amigo encontrou o outro na rua, e perguntou-lhe:
– Aonde vais com tanta pressa?
– Vou assistir a um combate de animais ferozes.
– Como assim.
– É que vão aplicar seis bichas à minha sogra.
CORREÇÃO NA CONTA
Num hotel, diz o criado:
– Senhor diretor, o nº 116 queixa-se de que a chuva atravessando o teto molhou-o até os ossos, e encharcou-lhe inteiramente a cama; por isso, pede que lhe façam uma diferença na conta.
E o diretor, grave:
– Acrescente na conta desse senhor um banho, 5$000.
“FORNECEDOR” DE D. PEDRO I
No Rio, a mais afamada e sofisticada casa de vestuário da Rua do Ouvidor, era a Wallerstein & Cia. O “Cia” da firma era um tal de Pierre Saissat; francês, homem manso e pacífico de gênio.
A mulher dele, Clemence Saissat (a “Sé-Sé”), era uma francesa lindíssima. Que ela era amante de D. Pedro I, como toda a cidade do Rio de Janeiro sabia. Todo mundo, menos o marido, claro.
Ora, naquela época, o máximo de prestígio para uma casa comercial, era ser declarada fornecedora de uma Casa Real. Um dia, na loja do francês, amanheceu uma tabuleta, com letras ostentosas, dizendo: “Wallerstein & Cia., fornecedores de S. M. o Imperador.
Quê? Caiu todo o povo na gargalhada! Quem era o verdadeiro fornecedor de D. Pedro I, não era o Wallerstein, mas o Sr. Sé-Sé!
DUPLA PROTEÇÃO
José de Alencar gostava de passear na quietude do jardim do Passeio Público. Certa vez encontrou um guarda municipal,… estendido num banco a dormir!
Alencar disse que isso o tranqüilizara:
– Quando a polícia dorme é sinal de que não há a menor partícula de crime no ar. E os cidadãos podem se considerar protegidos – tanto dos criminosos, quanto da polícia!
ENTÃO, ALMOÇO
Um patusco entrou num restaurante à noite, assentou-se a uma mesa, e chamando o criado, disse-lhe:
– Quanto me vai custar aqui um bom jantar, ó meu rapaz?
– Cinco tostões, com café…
– E quanto custa um almoço?
– Três tostões, sem vinho.
– Pois me traga um almoço!…