Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’
CORTE DE ELITE
A corte de D. João VI era de uma ignorância crassa. Era motivo de escárnio dos estrangeiros que viviam em Portugal, como a francesa Laura Permon, mulher do embaixador francês. Milord Tiranley dizia que, depois de tirar o que um espanhol tinha de bom, o que ficava era um português – Isto dizia enquanto era embaixador em Portugal!
OS RAMOS BRAGANÇA
José do Patrocínio certa vez escreveu, atacando a casa real, que a família Bragança se dividia em dois ramos: os broncos e os idiotas!
OS BÊBADOS
D. João VI era tão obtuso que não conseguia acompanhar o enredo da peça teatral mais simples, e invariavelmente acabava pegando em sono profundo em sua cadeira de espaldar. Se acordado pelo barulho da música, das palmas ou os gritos dos personagens; passava a mão pelos olhos, bocejava e perguntava a quem se achava mais próximo:
– Já se casaram esses bêbados?
A SÍ PRÓPRIO
– Eu vi o Diabo! Eu vi o diabo! – dizia um homem, de cabelo em pé.
– Como? Vistes o diabo? – perguntou outro, que o acudiu.
– Sim senhor, na figura de um burrico.
– Bah! Tivestes medo da própria sombra.
PARA COMPENSAR
No tempo do Império, havia numa das secretarias de Estado, um empregado velho, a quem, em atenção a suas enfermidades e longos anos de serviço, se relevava o entrar sempre tardíssimo para a repartição. Mas, assim que tocava a sineta dando findo o trabalho do dia, com agilidade, levantava-se, pegava no chapéu, e saia pela porta afora dizendo:
– Ao menos, já que não posso ser pontual à entrada, quero ser à saída.
D. PEDRO MALASARTE
D. Pedro I era um ignorantão, um estouvado, cujo apelido popular era Pedro Malasarte, e para suas amantes Fogo, Foguinho…
Diz Paulo Setúbal: O que deixou nosso primeiro imperador como amostra das suas humanidades, envergonha a gente. As suas cartas arrepiam. Um ginasial, hoje, ri-se da pasmosa incultura do Bragança. Nunca se preocupou com livros; mas sim com ferrar e domar cavalos, no que era exímio.
Ele mesmo, ao mandar educar o filho, o nosso grande Pedro II, dizia com chiste e bom-humor: Este há de aprender, garanto! Não há de ficar como o pai. Porque eu, e o mano Miguel, se Deus quiser, haveremos de ser os últimos ignorantes da família…