Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’

LEVOU

Três estudantes que viajavam montados em burricos, encontraram no caminho três cavalheiros que iam a cavalo.

– Como vão os burros? – perguntou um dos cavalheiros, de má fé.

– A cavalo, – responderam os estudantes.

EXPLICADO

Três advogados, voltando de uma festa no campo, encontraram um carroceiro na estrada. Como estivessem de bom humor, perguntaram-lhe por que o cavalo do meio estava tão gordo, e os outros dois tão magros:

– É que – respondeu o carroceiro, que sabia quem eles eram – o primeiro é advogado, e os outros são clientes dele. 

CONFIRMAÇÃO

Irritando-se um rei com um astrólogo, que lhe fazia previsões disparatadas, disse-lhe um dia:

– E tu, miserável, diga lá de que vais morrer?

– Eu, senhor? Do coração.

– Pois te enganas, – respondeu o rei – vais ter morte violenta! E dito isto, mandou que o pegassem e o conduzissem ao cadafalso, para ser decapitado. Mas o astrólogo, ao ser levado pelos guardas, gritou-lhe:

– Majestade! Que um médico me tome o pulso, e diga se já não estou morrendo do coração!

E com este chiste escapou do aperto; pois o rei riu, e o perdoou

MEDICINA DA ÉPOCA

Um réu condenado à forca reclamou a presença de um cirurgião para que o sangrasse:

– Eu nunca sofri uma sangria – disse-lhe quando ele chegou – e sempre ouvi dizer que a primeira sangria salva a vida.

INDISCRETO

Ao passar por uma das salas dos aposentos da rainha, D. Afonso IV, viu uma dama de companhia desta, que escrevia uma carta. Como ela parecia não ter percebido a sua presença, o rei acercou-se nas pontas dos pés para ler, indiscretamente, o que a dama escrevia.

Esta, que havia ouvido entrar o rei, acrescentou à sua carta esta frase: “Eu te diria muitas coisas mais, a não ser porque Sua Majestade está atrás de mim, lendo o que eu escrevo”.

– Ah, senhora! – protestou o rei – Nada mais injusto! Eu vos asseguro que não li nada.

ANTES SÓ…

Vendo certo importuno, que um filósofo passeava muitas vezes sem mais companhia, se chegou a ele certo dia, e começou a palestrar:

– Não sente frio vossa mercê? Irá chover? Dizem que nuvens escuras são indicativo de mau tempo… É possível que vossa mercê possa suportar essa solidão?

Ao que o sábio lhe respondeu:

– Desde que vossa mercê se chegou a mim, então é que comecei a e me sentir solitário…