Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’

A SOGRA DE SÃO PEDRO

O Padre Antônio Vieira referindo-se ao caso, relatado pelo Evangelista São Lucas, da sogra de São Pedro, que jazia com grandes febres, e, entretanto não a curava  o genro:

– Pois se S. Pedro passando pelas ruas sarava os enfermos estranhos, bastando só que os tocasse com a sua sombra, a enferma que tinha dentro de casa, tocando-lhe tão de perto no parentesco, por que a não sarava?

E dava a explicação o insigne jesuíta:

Só por ser sogra! Uma sogra talvez é melhor estar doente, que sã! Porque doente, a doença a tem quieta a um canto da casa, e sã, rara é a que se contente com menos que todos os quatro cantos dela…

COMO HOJE…

Disse o Padre Antônio Vieira no discursou do “Sermão de São Pedro”, a respeito do governo da época:

– A peste do governo é a irresolução. Está parado o que havia de correr; está suspenso o que havia de voar, porque não atamos nem desatamos.

ESTRAGADA

Sobre um pobre homem que acabava de sair de casa, derramaram desde uma janela do andar de cima, o líquido de certo vaso.

O homem examinou-se atentamente, e disse:

– Fizeram bem em jogar fora esta bebida; porque me parece que começava a arruinar.

FILHOS…

Uma pobre velha ia com dois burricos a um mercado, quando três estudantes saudaram-na, dizendo-lhe por troça:

– Bons dias, mãe dos burros.

– Bons dias, meus filhos. – lhes respondeu ela em tom maternal.

SERIA UM HOMEM MORTO

Para um sujeito que não possuía nem um centavo, contava outro os lances de um duelo de que acabava de participar, e finalizava dizendo:

– A bala do meu adversário se alojou num dobrão de ouro que eu carregava no bolsinho do colete.

– Que sorte! – exclamou o ouvinte – se fosse comigo, eu hoje estaria morto.

FORÇA DE VONTADE

Em casa de um comerciante muito rico, houve tertúlia e cantou um jovem barítono, sendo muito aplaudido.

O dono da casa o chamou à parte e lhe disse:

– Disseram-me que os cantores que ganham mais dinheiro são os tenores; não seja tolo, pois, e cante de tenor!

– Porém, – observou o cantor – se eu tenho voz de barítono…

– Não importa: com aplicação tudo se consegue. Eu comecei contrabandista e hoje me vejo comerciante. Vamos, ânimo.