QUESTÃO DE PRIORIDADE
Um camponês fora consultar um oculista, e achou-o à mesa, bebendo muito.
– Que remédio hei de fazer nos meus olhos? – perguntou-lhe o camponês.
– Para começar: nada de vinho. – respondeu-lhe o oculista.
– Mas a mim está me parecendo, – replicou o rústico chegando-se para ele, e vendo que o médico também tinha os olhos inflamados – que os seus olhos não estão melhores do que os meus; contudo vossa mercê bebe, e bebe bem!
– Sim, – respondeu-lhe o médico. – porque não estou querendo curar-me dos olhos; estou querendo beber.