ESPÍRITO CRISTÃO
No começo do século XIX, havia em Pernambuco um certo Gonçalo, sacristão de ofício, no qual se incluía o de ajudar os paroquianos a morrer. Ele punha-lhes uma vela benta nas mãos e ia com eles repetindo alto o nome de Jesus, até o trânsito derradeiro. Um dia em que assim fazia, o moribundo demorava-se em sua agonia. Gonçalo então exclamou, persuasivo:
– Morra logo, e deixe-se de bobagens!