CORTE DE ELITE

Durante o reinado de D. Maria I (1734-1816) de Portugal- período em que mais intensa foi a espoliação do Brasil –  a corte da rainha era composta pelo que havia de pior em termos intelectuais e morais.

Sabendo do fanatismo religioso da Rainha, uma série de espertalhões supostamente piedosos, tomou conta da Corte. Muitos padres nessa época eram analfabetos – o que não deve causar espanto porque não se lia a Bíblia que, ainda por cima era escrita em latim.

Tanto assim, que um truão que servia o Arcebispo de Thessalônica, confessor da Rainha; costumava gracejar com o amo:

–  Só três tipos de pessoas tem entrada no Paço: – dizia ele –  o sábio, o santo e o bobo. O sábio sai logo desanimado; o santo vira mártir; só o bobo prospera!

O arcebispo – ele próprio bêbado e ignorante – sacudia a cabeça e ria às gargalhadas!