DE JOGADORES

Certo jogador já arruinado jogava jogo farto, e perdia mais de vinte cartas, que punha no jogo.

– Ora isto, – gritava ele – é coisa que somente a mim sucede!

Uma mulher compadecida desta perda mostrava condoer-se dele, mas ele lhe respondeu:

– Não tenha dó de mim, mas sim dos meus credores, que são os que perdem.

 

Outro jogador, em situação semelhante, exclamava:

– Ah Fortuna! Tu fazes com que eu perca, mas eu te desafio a me obrigares a pagar.