CADA UM DO SEU
Um escravo comprou um chapéu de seda, bonito e lustroso. Principiando a chover, tirou-o da cabeça e guardou-o debaixo da casaca.
– Por que guardas o chapéu, e levas a chuva na cabeça? – perguntou-lhe um parceiro.
– Porque o chapéu é meu, custou o meu dinheiro, e por isso o guardo bem acondicionado. A cabeça é do meu senhor, e ele que guarde e acondicione seus bens.