COMPARTILHANDO
Noutra causa em que tanto o réu quanto a vítima eram escreventes de um mesmo escritório, e Martim Francisco defendia a tese de que o crime ocorrera como vingança pela traição da mulher do primeiro com o segundo, ele declamou os seguintes versos de Curvo Semedo:
Certo escrevente casado
Tinha em casa por dinheiro
Outro escrevente solteiro;
Houve entre eles grande enfado
E de murros um chuveiro,
Mas por causa bem pequena:
Foi por molharem a pena
Ambos no mesmo tinteiro.