DESNECESSÁRIO
Um arcebispo tinha convidado um poeta a jantar, a fim de o fazer assistir a um sermão que Sua Grandeza tencionava pregar, nesse dia, a vésperas. O poeta deixou-se adormecer numa poltrona, ao levantar da mesa; e como o prelado insistisse com ele para o levar ao sermão:
– Obrigado, Monsenhor, obrigado – disse o poeta – eu durmo perfeitamente, sem isso.