EU TAMBÉM
Na rua, um cidadão conseguiu finalmente acuar num canto o eterno “mordedor,” que lhe devia já bastante dinheiro, e lhe disse:
– Quero mostrar-te que, às vezes, também sei ser generoso: perdôo-te hoje metade da dívida se me pagares agora o que me deves.
– Pois não serei eu, meu amigo – para logo retrucava o caloteiro – quem vá ficar-lhe atrás: esqueço a outra metade!