FARMACÊUTICOS
Um empregado deixando o emprego, pediu ao patrão uma carta de recomendação. Mas o patrão viu-se atrapalhado. O caixeiro não estava; o guarda-livros fora jantar; e ele próprio não sabia ler e escrever, embora não dessa demonstração disso.
Resolveu-se afinal o homem e, tomando uma caneta e papel, fez uma porção de riscos, pingos e cortes, imitando letras e assinatura, entregando em seguida o “atestado” ao empregado.
O este pegou no papel, virou, revirou…
– Nunca vi letra ruim assim!
Não conseguindo decifrar o escrito, levou o papel à várias pessoas que ele pensava que talvez pudessem entender tais garranchos: jornalistas, empregados de cartório, advogados… E nada!
Até que alguém dise:
– Impossível! Isto só um boticário pode ler!
E o empregado, pacientemente, dirigiu-se ao farmacêutico.
– O senhor faz favor… Veja isto para mim.
O boticário, prestando muita atenção ao que estava “escrito”, dirigiu-se lentamente ao laboratório, de onde voltou logo depois com uma caixinha na mão:
– Tome uma cápsula de hora em hora e evite sereno…