NEGÓCIO

No Rio do final do século dezenove, o “Clube dos Diários” era o local onde os aristocratas passavam a tarde a cartear, e à porta do qual costumavam as senhoras parar ao fim do dia, em suas carruagens, para buscar os respectivos maridos.

Um dia, um inveterado jogador, já tendo perdido no pano verde toda sua fortuna e não obtendo crédito com seus parceiros de jogo, apostou o único bem que ainda possuía. Chamou um dos amigos em particular, e disse-lhe:

– Minha mulher está no Salão das Damas, quanto me dá por ela?

– Nada.

– Está fechado o negócio!