PEDIU, LEVOU

O poeta Bocage estava uma noite a jogar xadrez no café Nicola. O seu parceiro era um funcionário da Fazenda aposentado, chamado Queiróz; gênio birrento, com quem poucos ainda queriam jogar. Bocage era um dos que, com paciência o iam aturando. Queiróz por qualquer coisa chamava os outros de “burro”.

A certa altura do jogo começa discussão azeda.

-Você sabe, -diz Queiroz para terminar – a distância que vai dum burro a um homem?

-Sei: é a que há entre esta mesa, desde o senhor a mim!