TESOUREIRO DE ARAQUE

Manuel Faria e Sousa (1590-1642), criticava a tendência que se verificava, na sua época, de os artesãos preferirem que seus filhos estudassem, a seguirem as suas profissões – com prejuízos para a agricultura, a indústria e o comércio. Havia um ministro da Corte, filho do maior mestre de fazer tesouras da vila de Guimarães, a que chamavam o “filho do tesoureiro”. “Não do Tesouro Real, mas das tesouras de Guimarães”-  comenta desdenhoso, Faria e Silva. “Só serviu de fazer maior o número de Ministros, e talvez seria admirável artesão se seguisse o ofício do pai”!