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Contava um roceiro que havia apostado comer um leitão inteiro sozinho, e havia ganhado a aposta.

– E como vosmecê conseguiu engolir tanta carne? – perguntaram-lhe.

– Não foi fácil! – disse ele.  – Foi preciso muito pão!

Altercaram uma manhã dois fidalgos, e o que mais cólera sentia, encontrando-se pela tarde com o outro, que ia a cavalo, lhe disse:

– Apeie agora, que por Deus que vos farei conhecer quem sois, homem ruim.

E o ginete, que não tinha vontade de discutir, lhe respondeu:

– Eu me conheço muito bem a cavalo e seria bem tolo se me apeasse.

Um advogado ao entrar no salão das audiências viu uma grande correria e perguntou o que estava havendo.

– Um trapaceiro que acabam de capturar aqui mesmo – lhe responderam.

– Prenderam-no? Melhor, – respondeu ele. – Que sirva de exemplo para o patife que se atreva a vir aqui trapacear… sem toga.

– Ontem fui dormir à uma da madrugada, e me levantei ás duas.

– Pouco terás dormido então.

– O mesmo que sempre; apenas dormi mais depressa.

Conversam dois idosos num banco de praça:

– Você tem algum parente vivo?

– Sim, só um. Mas já é um parente um bocado afastado…

– E quem é?

– O meu irmão, Bonifácio.

– E chama irmão “afastado”?!

– Ora essa! Pois se ele mora em Manaus!

No prado do Jóquei Clube, um aristocrata cumprimenta o outro:

– Parabéns! Os seus cavalos ganham sempre os primeiros prêmios.

– Não admira; isso é tradicional. A minha família sempre teve grandes animais!