Arquivo da Categoria ‘De 1800 a 1900’
POLÍTICA
Havia um sapateiro que, enquanto trabalhava, costumava cantar esta cantiga:
Não sei bem se foi de noite,
Ou se foi de manhãzinha,
A rainha disse ao rei
E o rei disse à rainha.
Um vizinho, farto de o ouvir cantar sempre a mesma coisa, perguntou-lhe um dia:
– Ó mestre, mas que diabos disseram eles um ao outro?
– Eu sei cá disso? Eu não me meto em política!
COMO ACHAVA
Num exame oral:
– Qual é a distância entre a terra e a lua?
– Trinta e sete milhões de léguas.
– Como acha o sr. essa distância?
– Enorme!
O VIÚVO DA COSTUREIRA
Lamentava-se um pobre homem:
– Eu não vivia de todo mal com o salão de costuras; porém – ai de mim! Minha mulher morreu e deixou-me sozinho no mundo!
CONFORME O EVANGELHO
– Te estive observando durante o sermão, esposa minha, e percebi como contemplavas muito carinhosamente a certo jovem louro.
– Que queres tu? Não ouviste como o pregador nos aconselhava a amar ao próximo?
EXAGERO…
Um valentão matou em uma pousada o criado que o servia, porque lhe havia dado uma má resposta.
O dono da pousada, a patroa, os moços das mulas, os hóspedes, todo mundo gritava contra o matador, que disse:
– Ora! Tanto alvoroço por nada! Pensam que eu sou um qualquer? Se o matei, morto está; ponham-no na conta, que o pagarei como se eu o tivesse comido.
EXPLICAVA TUDO
Um magistrado, que sem sabê-lo, servia de ponto de comparação para o mais néscio, dizia:
– Os médicos são uns ignorantes. Sendo eu muito pequeno padeci de uma febre cerebral que pôs em perigo a minha existência, e os médicos asseguraram tão grave que ou bem eu morreria na ocasião, ou ficaria idiota para sempre; e, como vedes: não morri e sou eu que administro justiça.
– E assim ela vai… – replicou um rústico em voz baixa.