Arquivo da Categoria ‘De 1800 a 1900’

CONFRONTO DE FERAS

No tempo em que a aplicação de sanguessugas faziam parte do tratamento médico padrão, um amigo encontrou o outro na rua, e perguntou-lhe:

 – Aonde vais com tanta pressa?

– Vou assistir a um combate de animais ferozes.

– Como assim.

– É que vão aplicar seis bichas à minha sogra.

CORREÇÃO NA CONTA

Num hotel, diz o criado:

– Senhor diretor, o nº 116 queixa-se de que a chuva atravessando o teto molhou-o até os ossos, e encharcou-lhe inteiramente a cama; por isso, pede que lhe façam uma diferença na conta.

E o diretor, grave:

– Acrescente na conta desse senhor um banho, 5$000.

“FORNECEDOR” DE D. PEDRO I

No Rio, a mais afamada e sofisticada casa de vestuário da Rua do Ouvidor, era a Wallerstein & Cia. O “Cia” da firma era um tal de Pierre Saissat; francês, homem manso e pacífico de gênio.

A mulher dele, Clemence Saissat (a “Sé-Sé”), era uma francesa lindíssima. Que ela era amante de D. Pedro I, como toda a cidade do Rio de Janeiro sabia. Todo mundo, menos o marido, claro.

Ora, naquela época, o máximo de prestígio para uma casa comercial, era ser declarada fornecedora de uma Casa Real. Um dia, na loja do francês, amanheceu uma tabuleta, com letras ostentosas, dizendo: “Wallerstein & Cia., fornecedores de S. M. o Imperador.

Quê? Caiu todo o povo na gargalhada! Quem era o verdadeiro fornecedor de D. Pedro I, não era o Wallerstein, mas o Sr. Sé-Sé!

DUPLA PROTEÇÃO

José de Alencar gostava de passear na quietude do jardim do Passeio Público. Certa vez encontrou um guarda municipal,… estendido num banco a dormir!

Alencar disse que isso o tranqüilizara:

– Quando a polícia dorme é sinal de que não há a menor partícula de crime no ar. E os cidadãos podem se considerar protegidos – tanto dos criminosos, quanto da polícia!

ENTÃO, ALMOÇO

Um patusco entrou num restaurante à noite, assentou-se a uma mesa, e chamando o criado, disse-lhe:

– Quanto me vai custar aqui um bom jantar, ó meu rapaz?

– Cinco tostões, com café…

– E quanto custa um almoço?

– Três tostões, sem vinho.

– Pois me traga um almoço!…

SAÚDE DE FERRO

Dois velhos conversavam a respeito de um amigo comum:

– O Salvador, que andava tão mal, é que lá conseguiu arribar, hein?

– É verdade! Aquilo é um touro! Ele é reumatismo, ele é bexiga, ele é lesão no coração…

– E agora, por último, a pneumonia!

– Ainda ontem lhe disse: que saúde de ferro tem você, Salvador, para suportar tanta doença!