Arquivo da Categoria ‘De 1900 a 1950’
AMNÉSIA
Nas eleições para a Presidência do Estado do Rio Grande do Sul, em 1923, um eleitor ia largando o seu voto – a descoberto, como então – a favor do candidato da oposição, quando o governista João Neves da Fontoura o interrompeu:
– Como é o teu nome?
O homem o mira nos olhos longamente, remexe nos bolsos, vacila e termina voltando-se para seus acompanhantes:
– Como é mesmo o meu nome?
PAULISTAS X CARIOCAS
Em discurso público, em 1932, o fanático deputado paulista, padre Valoys de Castro, afirmava: “São Paulo é uma locomotiva que arrasta vinte vagões vazios!…”
Ao ouvir esta sentença, um popular que o ouvia, acrescentou:
– E o carioca vai no carro-restaurante!…
NA HORA AGÁ
Eleutério Surubim era um vereador da pequena cidade de Cumari, em Goiás, lá pelos anos 40. Entusiasta, certa vez, num comício em Goiânia, estando na tribuna, e dele se aproximando uma deputada que iria falar ao público, assim apresentou-a:
– Querido povo de Goiânia!… Aqui tá uma muié que a gente pode chamá de boa!… E eu sei que é boa pruquê eu conheci a D. Mariazinha aqui, na cama!…
Com esta, o marido da deputada puxou de seu revólver 38, e teria fulminado Surubim ali mesmo, se ele não tivesse completado na hora:
– …pois já assisti um debate dela lá na Cama Municipá!…
CADA UM NA SUA
O sargento do recrutamento, entrevista os novos recrutas:
– Qual é a tua profissão?
– Contabilista.
– Vais para a secretaria. E tu?
– Mecânico.
– Vais para a garagem. E tu?
Este último, padeiro na vida civil, é gago:
– Pa… Pa… Pa… Pa…
– Bom. Para as metralhadoras!
NÃO TINHA NADA COM ISSO
No bonde, o cobrador insiste com a mulher que viaja acompanhada de um menino:
– O seu filho tem que pagar passagem. Já tem mais de três anos!
– Mas eu sou casada apenas há dois!
– Isso não me interessa, minha senhora. Eu sou cobrador, não sou padre confessor!
PORTEIRO
O engenheiro explica ao agricultor que a nova ferrovia projetada, deverá passar precisamente pelo meio do seu celeiro.
Admirado, o agricultor responde-lhe:
– Mas se o senhor pensa que eu vou abrir a porta do celeiro, cada vez que o trem passar por aqui, está muito enganado!…