Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’
PARENTESCO
Um dia apareceu na casa de Adoniran Barbosa (João Rubinato) um moço, cobrador da Irmandade do Santíssimo, a que a mulher de Adoniran pertencia:
– O Sr. é João Rubinato?
– Tá e quá. Para que lhe posso servir?
– É que eu sou cobrador da Irmandade do Santíssimo, e queria entregar o recibo da mensalidade.
– Olha, esse negócio é com a minha mulher, e ela agora não está em casa.
– O senhor, parece-me, não é Irmão do Santíssimo…
– Não senhor, eu sou cunhado.
OUTRA COISA
Um rapaz de muito bons sentimentos, passava certo domingo por sobre o Viaduto do Chá, quando viu um cavalheiro de aspecto triste, debruçado no parapeito, a olhar para o parque, lá em baixo. Dirigiu-se ao cavalheiro e, tocando-lhe docemente as costas, perguntou-lhe, emocionado.
– O senhor é neurastênico?
– Não, senhor. Sou barbeiro.
MAIS NADA?
Um rapaz nervoso entra numa ourivesaria, e encomenda umas alianças.
– Qual a inscrição que devemos gravar?
– “Meu coração” – “Meu bem adorado” – “Marta Francisca Cavalcanti Magalhães e Benedito Antôno Castorino” – “Paranapiacabatinga – a 25 de novembro de 1927”
– Desculpe, mas nós aqui não fabricamos aros de rodas de carro de boi…
EPITÁFIO
A portuguesa mandou gravar no túmulo do falecido: “Aqui jaz Manuel Joaquim de Soisa, negociante de secos e molhados. A viúva, inconsolável, comunica à freguesia que continua com o armazém à Rua das Taramelas, S/N.”
ORIGEM DOS NOMES
Um português explicava a um amigo como escolhera o nome dos filhos:
– Eu botei o nome dos meus quatro filhos de acordo com as letras do analfabeto.
– Como é isso?
– Espera lá. Eu tive o primeiro. Um minino. Como a primeira letra do analfabeto é o A, butei-lhe o nome de Arnesto. O segundo foi um minino também. A segunda letra é o B, não é? Puis intão butei-lhe o nome de Bastião. O terceiro foi um minino também. De acordo com a terceira letra, que é o C, butei-lhe o nome de Calixto. E, por fim, quebrou a escrita: veiu uma minina. E como a quarta letra é o D, aí butei-lhe: Dona Maria.
ENCRENCA
Um soldado foi ao teatro na noite de um domingo. A peça, ao que parece, não era grande coisa e o militar ferrou no sono.
Lá pelas tantas, no momento em que acordou, ouviu um ator dizer:
– Há cinco dias que estamos aqui!
– Santo Deus – grita assustado o militar. – E eu que tirei licença para voltar à meia noite! Tô na grade, não tem que vê!