Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’

O Carcereiro ao soltar um preso:

– Você desculpe meu engano… Você devia estar fora há mais de quarenta e oito horas…

– Não faz mal… Credite essas horas a meu favor, a fim de serem descontadas na próxima vez que eu vier preso.

Um matuto, em conversa despreocupada com um sujeito da cidade, lhe diz:

– Eu me casei com a irmã dele e ele com a minha irmã.

– Eu sei o que é isso. Aí pelo interior são muito comuns essas lutas entre famílias…

Um casal de noivos brigou. Ele, arrependido, resolveu fazer as pazes, mas a moça estava irredutível. Conversou com a futura sogra, que lhe aconselhou que presenteasse a filha com algo de valor. Comprou-lhe, então, uma jóia caríssima. E não fez efeito. Deu-lhe um casaco de pelas. Mas não fez efeito. Então, lembrou de dar a ela um vidro de Manon Purgativo…. Ahhh! Fez Efeito!

Em certo jornal, o redator-chefe costumava publicar artigos de cunho religioso, na Semana Santa. Aconteceu que uma vez não o pode fazer. Estava ausente; tinha ido à Europa.

Para substituí-lo foi então contratado o jornalista Oscar Guanabarino. Em breve tudo ficou ajustado: dimensões do artigo, local em que seria estampado e o preço da colaboração.

Mas o articulista, por vezo do ofício, antes de se despedir indagou:

– Já sei, disse, de tenho de escrever sobre Cristo: mas pró ou contra?

Esse Oscar Guanabarino era um sujeito sorumbático, introvertido, sempre vestindo terno preto, e caminhando olhando para o chão, com o ar mais triste de quem tivesse sofrido uma grande perda. O que levou outro jornalista a comentar:

– Sempre que o vejo, sinto o impulso de apertar-lhe a mão e dizer: “Da minha parte, sinto muito.”

Noel Rosa, freqüentemente dava um viés humorístico às letras dos seus sambas. Como nesta estrofe, de uma música de 1931:

                        Em vão te procurei

                        Notícias tuas não encontrei

                        Eu hoje sinto saudades

                        Daqueles 10 mil-réis que eu te emprestei.