Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’

BEM EXPLICADO

A um criado muito simplório, mandou o seu amo que levasse dois formosos figos a um amigo seu juntamente com uma carta. Tentado pela guloseima, o criado comeu um deles no caminho. O amigo, informado pela carta de que os figos eram dois, perguntou ao criado pelo outro; este respondeu que o havia comido.

– Mas, como? – replicou o amigo do amo.

E o criado, tomando o figo que sobrara, lhe disse:

– Desta maneira – E comeu-o também.

O QUE É LEITE?

O amigo de boa visão conversava com o amigo cego, e a certa altura falou do leite que costumava tomar na fazenda do avô, quando criança.

O cego, que nunca tinha bebido leite, então perguntou:

– Leite? O que é leite?

– Leite é uma bebida; um líquido branco.

– E o que é branco?

– Branco é assim: como um cisne.

– O que é cisne?

– Cisne é uma ave que tem o pescoço comprido, assim… – e ajeito o braço do cego fazendo o pescoço do cisne, e a mão torcida como a cabeça. – Entendeu?

– Entendi! Agora sei o que é leite.

POLIDIOTA

Certa vez Benedito Valadares comprou o “Inglês Sem Mestre”, e cismou de estudar inglês sozinho. Assim, para mostrar a sua recém-adquirida cultura, toda vez que alguém batia na porta do seu gabinete, ele gritava:

– Between!

Quando um assessor, muito discretamente, lhe explicou que between só se aplicava como entre duas coisas, ele passou a ter o cuidado de sempre antes perguntar:

– Quantos são?

Se fossem dois, ele exclamava:

– Então, between!

DIABO TAPEADO

Morrera o ministro de um rei, e enorme multidão o acompanhava ao cemitério. Um amigo seu pronunciou um discurso em seu elogio e disse entre outras coisas que sua alma devia estar no paraíso.

– Se está no paraíso, – disse um ouvinte – então é que o diabo se deixou tapear pelo caminho.

O VIÚVO DA COSTUREIRA

Lamentava-se um pobre homem:

– Eu não vivia de todo mal com o salão de costuras; porém – ai de mim! Minha mulher morreu e deixou-me sozinho no mundo!

VINHOS…

Um homem que tinha um convidado à mesa, lhe enchia a taça com vinho mau, enquanto que servia-se do bom.

– Vale mais – disse o convidado – cheirar a vossa taça, que beber da minha!