Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’
SOB AMEAÇA
Dois frades foram pedir ao rei Filipe II certo benefício para a sua comunidade. O mais velho, que por essa circunstância tocava falar primeiro, era um maçante que falava sem parar, e fez a El-rei um prolixo e importante discurso sobre o negócio que requeria, aborrecendo-o com ele por largo tempo.
Quando ele terminou de falar, perguntou El-rei ao outro, se tinha alguma coisa que acrescentar ao que seu companheiro dissera. O frade, que estava tão cansado da impertinência do outro, como El-rei aborrecido de aturá-lo, respondeu:
– Sim, senhor; a nossa comunidade me encarregou de que, no caso de Vossa Majestade não fazer o que pedimos, faça com que meu companheiro torne a repetir-lhe tudo o que disse, desde a primeira letra até a última!
O rei caiu na gargalhada. E dizendo “ter medo de que a ameaça se cumprisse”, despachou logo o negócio como se pedia!…
E EU?
Quando Rui Barbosa iniciava sua profissão na Bahia, apareceu-lhe em casa, certa vez, um açougueiro, perguntando-lhe:
– Se o cachorro de um vizinho lhe furta um pedaço de carne pesando 5 quilos, o dono do cachorro é obrigado a pagar?
– Tem testemunhas?
– Tenho.
– Pois trate de receber a importância.
– Pois então o doutor me deve 7$500. Foi o seu cachorro que roubou a carne.
O futuro jurisconsulto fez o pagamento sem bufar, e, quando o açougueiro ia saindo, chamou-o:
– Vem cá! E a consulta?
– Tenho que pagar?
– Naturalmente. São 50$000.
SEGUNDO O BARÃO DE ITARARÉ:
Série de doenças que podem ser apontadas como responsáveis pela morte de determinados profissionais:
Advogado – Forumculose.
Agricultor – Dilatação da a… horta.
Bailarina Clássica – Dança de São Guido.
Caixeiro de Armazém – Perda de peso (250 gramas por quilo).
Chofer – Auto-intoxicação. Taxi-cardia.
Chefe de Polícia – Prisão de ventre.
Condenado à Morte – Réu-matismo.
Fabricante de Fazendas – Tecidos dilacerados.
Fabricante de malas – Malária.
Funcionário Público – Doença do sono.
Guarda de Jardim Zoológico – Elefantíase, lobinhos.
Guarda-Livros – Cálculos.
Inspetor de Águas – Gota, barriga d’água.
Jardineiro – Cravos.
Jóquei – Tuberculose galopante.
Jogador de Sinuca – Cálculos bilhares.
Músico – Desvio das cornetas.
Perito – Peritonite.
Sacristão – Sinusite.
Pintor de paredes – Febre amarela.
Usineiro – Açúcar no sangue.
FORÇA MAIOR
Por um motivo qualquer, dois senhores desavêm-se em plena rua. A coisa começa a esquentar, até que um deles diz:
– Eu só não lhe dou umas bofetadas, porque sou um cavalheiro!
Ao que o outro responde:
– Pois eu, só não lhe dou umas bofetadas, porque sou da Sociedade Protetora dos Animais!
PRAIA RECEITADA
As garotas que hoje se salgam e tostam em Ipanema, Leblon ou Copacabana, ou nas milhares de outras praias pelo Brasil afora, não podem imaginar que no século XIX, banhos de mar tinham finalidades médicas.
O médico receitava às senhoras estéreis ou às mocinhas anêmicas, um número de banhos de mar. “Se vinte, não cometer a loucura de tomar vinte e um!”. Nas farmácias falava-se do mar como de um ungüento ou de um purgante…
Para o tal tratamento, as mulheres usavam a roupa de banho feminina padrão: calças compridas, blusão e touca. De lã.
CLÁSSICA BRASILEIRA
À mesa de um bar, entre um chope e outro, um sujeito conta ao amigo:
– Quando não me sinto bem de saúde, vou imediatamente consultar um médico. Os médicos precisam viver. Depois, com a receita que ele me passa, vou logo à farmácia. Os farmacêuticos também precisam viver. Chegando em casa, derramo o remédio fora, na pia da cozinha…
– Essa é boa! E por quê?
– É que eu também preciso viver!