Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’

SE FOSSE PRESIDENTE

Dois carregadores lusitanos, do tipo conhecido popularmente por “burro sem rabo, por puxarem eles próprios as suas carrocinhas; trocavam idéias:

– Se eu fosse Presidente da República, havia de comer todos os dias de manhã uma dúzia de ovos quentes.

– Uma dúzia? Para que?

– Para ganhar forças e poder fazer os meus carretos.

RESPEITO AOS DEMAIS

Na platéia de um teatro lotado, assistem à peça uma velha de esparramadas enxúndias mal contidas no espartilho, e o marido; que lhe resmunga:

– Oh, senhora, não ronque tão alto e tão forte, que pode acordar os outros espectadores…

ERUDITO

Num concerto, um velhote diz à filha ao lado, que tem próximo a ela sentado um cavalheiro de fartos bigodes e ar de entendiado:

– Arre, aquele estafermo do fundo não acaba mais?

– Papai, olha que o irmão do pianista está nos ouvindo… – comenta a jovem, mostrando o vizinho.

-… Sim, aquele estafermo do fundo não acaba mais de fazer barulho, não nos deixando ouvir este delicioso trecho de Chumbregas…

– Não é Chumbregas, papai, é Schubert.

MELHOR RESULTADO

No seu atelier, um artista dá os toques finais numa grande tela representando uma bela jovem nua, em corpo inteiro. Diz ele à modelo que se encontra posando, em pé sobre um estrado:

– Este quadro vai para a exposição.

E ela:

– E se fosse eu mesma, não ganharíamos mais?

BUROCRACIA

Durante o alistamento eleitoral, o presidente da Junta dirige-se a um velho, recurvado, totalmente decrépito e enrugado:

– Não pode ser atendido; é preciso que traga a sua certidão de idade, para provar que é maior.

O alistante:

– Mas, seu doutor, a minha certidão está em Boa Vista, em Goiás, lá onde o diabo perdeu as botas. Não basta a certidão de idade da minha última neta, que já tem 28 anos?


PRONÚNCIA

Quando o coronel Moreira César foi morto durante a campanha de Canudos, deram, em homenagem, seu nome à Rua do Ouvidor. Mas o novo nome não pegou, e o povo continuava a chamá-la Rua do Ouvidor. O que levou Arthur Neiva a dizer a um estrangeiro, ao acentuar as sutilezas do nosso idioma:

– Na placa da rua está escrito “Moreira César”, no entanto pronuncia-se “Rua do Ouvidor”.