Arquivo da Categoria ‘De 1800 a 1900’
CAVALARIANOS
O tenente F….., ajudante do coronel, oferece ao pequenito, filho deste, no dia dos anos, um cavalo de papelão.
O pequeno resmunga:
– Antes queria um cavalo de carne e osso, como o papai.
A ÚLTIMA
Um rapaz, que fora dar um passeio a cavalo, cai e fratura um braço. Um dos primeiros que lhe acode, pergunta-lhe:
– É, naturalmente, a primeira vez que monta a cavalo?
– Nada, não senhor. É a última!
SÓ DEUS SABE!
O sujeito, furioso, agarra o devedor pela manga e diz:
– Mas, então o sr. paga-me, ou não, os cem mil réis que me deve? Diga-me, ao menos, o dia em que me poderá dar esse dinheiro!
– Ora essa! Eu sei lá! O sr. imagina que eu sou algum profeta?…
NO CABELEIREIRO
No cabeleireiro, Calino submeteu-se à operação de lhe cortarem o cabelo. Terminada ela, o cabeleireiro ofereceu-lhe um espelho de mão, e pergunta-lhe se o corte está à sua vontade.
Calino mira-se atentamente, e, em seguida, restituindo o espelho:
– Está curto demais; quero-o um pouco mais comprido!
CAVALHEIRO
Num bonde. Uma dama, subindo para a plataforma, e lançando olhares perscrutadores para o interior do carro:
– Não há lugar?
– Não, minha senhora – responde-lhe, atencioso, um passageiro, que tem acabado de sentar-se. – Mas, se v. exª quer, eu cedo-lhe o meu… por um tostão!
SEM PRESSA
Conversa entre dois velhos tabeliães:
– Eu não gosto de ter senão escreventes casados!
– Ora, essa! Por quê?
– Porque nunca têm pressa de ir para casa.