Arquivo da Categoria ‘De 1800 a 1900’

Um criado apresenta-se ao patrão, e avisa-lhe que precisa deixar o emprego:

– Tenho muita pena de me despedir, mas por causa dos remédios, preciso procurar um patrão, que tenha a mesma doença que eu…

Numa reunião social, um convidado conversa com outro num canto do salão:

– Por que riram todos tanto com aquela interminável história que o barão contou? Não tinha graça nenhuma!

– É que tiveram medo que ele contasse outra, se ficassem calados.

No exame médico do recrutamento:

– Tem alguma doença que o isente do serviço militar?

– Saberá vó soria, que tenho meu pai com reumatismo.

Conversa entre duas amigas:

– Sabe que se rompeu o casamento da Henriqueta com o visconde?

– Não sabia. E por que foi?

– Por ele lhe ter dado de presente uma música, intitulada: Quando éramos novos!…

Tinha certo meirinho por mulher a uma destas de cabelinho na venta e nariz arrebitado. Tendo um dia o seu ministro de sentenciar um salteador, e parecendo-lhe pouco a pena de morte, perguntou ao meirinho:

– Não acharíamos pena ainda mais áspera?

– Só casando-o. – lhe respondeu o mártir.

Comentando um velho anúncio nos jornais, de um espetáculo teatral medíocre, de companhia francesa, disse Camilo Castelo Branco: “Eis aqui um cartaz que parece ter sido redigido ontem. É província literária que, há quarenta e três anos, está no mesmo pé, ou nos mesmos quatro pés!”