Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’

SE EU SOUBESSE…

Contava-se em Lisboa no tempo do rei D. Sebastião I (1554 – 1578), que o rei de Marrocos, ao tomar conhecimento da enorme soma despendida por Portugal, no bombardeamento que lhe destruíra a metade da cidade, teria dito:

– Se nos temos entendido, eu a teria queimado toda, por metade do preço!

IGUALDADE

Um barbeiro fazia a barba de um homem de forma desastrada, causando-lhe vários cortes no rosto e fazendo-o gemer e gritar. Até que o freguês exclamou:

– Me dê uma navalha também; não é justo um homem ser atacado, sem que possa se defender.

PEQUENA MUDANÇA

O aprendiz de um barbeiro estúpido, cortou o cabelo de um freguês pela primeira vez. Ao terminar, ele chamou o mestre para que julgasse o seu trabalho.

–  Não ficou bom, – disse o barbeiro – deixe-o um pouco mais comprido!…

GALO

Um homem, depois de assistir um trovador tocar e cantar em praça pública, com voz aguda e desafinada, saudou-o com estas palavras:

– Salve, Sr. Galo!

O trovador então respondeu-lhe:

– Por que me chamais assim?

– Porque sempre que cantas, as pessoas levantam-se.

A NOVA MEDIDA

Acabava Mem de Sá de fundar a cidade do Rio de janeiro, quando uns mercadores chegados do reino lhe foram pedir permissão para vender vinho. Achando exorbitante o preço pedido pelos comerciantes pelo quartilho (cerca de meio litro) de vinho, e vendo nele uma tentativa de explorar os colonos, ele respondeu:

 – Autorizo, com uma condição.

 E arrancando o seu enorme capacete:

– Por este preço, há de ser este o quartilho!

Com esta, os mercadores resolveram reestudar o preço do vinho, concedendo uma redução substancial.

 Que falta nos faz hoje um Mem de Sá…

OLINDA

Andando com outros por entre o mato, em busca de um lugar em que o seu amo fundasse uma povoação, um galego, criado de Duarte Pereira, foi ter a um monte à beira mar, de onde se divisava um soberbo panorama. E tão encantado ficou com a posição descoberta que, não se contendo, exclamou:

– Oh, linda!

É essa a origem, vulgarmente admitida, do nome que ainda hoje tem a antiga capital pernumbacana.