Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’
RAPOSA MINEIRA
O malandríssimo político José Maria Alkkmin, certa vez encontrou o filho de um eleitor, na rua, e perguntou-lhe:
– Como vai o seu pai, meu filho?
– O meu pai já morreu há muito tempo, doutor Alkmin.
– Morreu para você, filho ingrato. Porque para mium continua vivo no meu coração!
HAJA BEXIGA!
Rodrigues Alves era senador, em 1915, quando Rui Barbosa ocupava uma sessão inteira do Senado com um daqueles seus discursos torrenciais. Terminada a discurseira do baiano, Rodrigues Alves comentou para o colega ao lado:
– O homem falou quase cinco horas! E sem mijar!
CELEBRIDADE
A partir de 1600, começaram a vir da África os primeiros negros escravos, para realizar o trabalho nos engenhos. Um dos aspectos mais trágicos do comércio de escravos africanos, era o fato de os escravizados serem seqüestrados e vendidos aos brancos, por outros africanos, “chefetes” de tribos tolos e sem nenhum senso de moral. Como revela esta anedota:
Os oficiais de um navio destinado à escravatura na costa de Guiné, dirigiram-se ao chefe de uma tribo de negros, para ajustarem escravos. Todos esses chefes de tribo queriam ser príncipes.
“Sua Alteza” recebeu os oficiais em grande cerimônia: o seu trono era um tronco de árvore, seu manto real um pedaço de pano que mal lhe cobria os rins, e as suas guardas três ou quatro selvagens armados de azagaias. Depois que os oficiais lhe disseram ao que iam, lhes perguntou ele:
– Então? Fala-se muito de mim lá na Europa?
ACORDA PATETA!
D. João, duque de Bragança, hesitava em aceitar a coroa de Portugal que lhe era oferecida.
Sua mulher, Luisa de Gusmão, lhe disse:
– Por que titubeais? Vale mais ser rei de Portugal um quarto de hora, que duque de Bragança cem anos!
OUTRO ‘ADMIRADOR’ DO BRASIL
A maioria dos membros da corte portuguesa que acompanhou D. João VI para o Brasil, na fuga das tropas de Napoleão, não fazia segredo do seu contragosto.
Certa vez, o príncipe Regente, que gostava disto mais do que da sua boa soneca, ao chegar de Portugal D. Francisco de Almeida, perguntou-lhe a queima-roupa:
– Que tal a minha nova cidade?
O fidalgo desconversou e, como D. João insistisse, respondeu com todo o desembaraço:
– Senhor, eu sempre ouvi dizer aos papagaios da América: – Papagaio real… para Portugal.
QUE AMOR DE RAINHA!
A rainha Carlota Joaquina, esposa de D. João VI, de temperamento infernal, nunca escondeu o seu desagrado pelo Brasil. Ao pisar o largo do Paço e ao ver a multidão que a recebia carinhosa e hospitaleira, chorou e chorou publicamente “de vergonha por ver-se transformada em rainha colonial”. Nunca lhe fomos mais do que um bando indecente de negrinhos desprezíveis. E, quando em abril de 1821, os soberanos embarcaram de volta para Portugal, ela, no escaler real, ergueu as mãos para os céus, gritando num dos seus rompantes de histeria:
– Graças a Deus vou rever terras habitadas por gente!
A bordo, repetia que, ao chegar a Lisboa, tinha receio de verificar que estava cega, pois:
– Durante treze anos vivi no escuro, “vendo apenas mato e negros”!
Ao saltar nas plagas lisboetas, arrancou os sapatos dos pés e atirou-os ao Tejo, explicando:
– Não quero pisar em “terra de gente” com sapatos que pisaram aquelas terras!
Realmente, “uma flor”, a maluca…