Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’

À saída da igreja, aquele mendigo estende a mão e, com a expressão mais triste do mundo, diz:

– Dê-me uma esmolinha, querida benfeitora, para um infeliz que não tem pai nem mãe.

– Coitado! E já morreram há muito tempo?

– Já, sim, minha senhora: eu ainda não tinha nascido!

O pai, muito embevecido, mostra ao filho de cinco anos, o irmãozinho recém nascido:

– É engraçadinho, não é?

Opinião do garoto:

– Careca! Sem dentes! Com rugas! Não pára em pé!… Sabe, pai, acho que enganaram o senhor, e lhe impingiram um bebê de segunda mão.

O marido chega em casa todo animado, e diz para a mulher:

– Deram-me hoje dois bilhetes para o teatro.

Ela:

– Ai que bom! Vou já me arrumar.

O marido:

– Esplêndido! É a maneira de chegarmos na hora! Os bilhetes são para amanhã à noite!

Após ter deitado as cartas, a vidente diz para a dama que a consulta:

– Vejo coisas terríveis! A senhora vai ficar viúva! O seu marido perecerá de morte violenta!

– Meu Deus! – replica a cliente. – E eu serei absolvida?

Artur Guaraná foi companheiro de Paula Nei. Morreu na mais extrema miséria. Nei quis honrar a memória do amigo com um enterro de luxo, e, para isso, ganhou a rua, pedindo ajuda a um e a outro, com a lista na mão. Ao conseguir a quantia suficiente, fez o enterro.

Quando o caixão ia descendo à sepultura, um daqueles cacetes discursadores, puxou um maço de folhas escritas do bolso do casaco, e tentou iniciar um discurso:

– Minhas senhoras e meus senhores!…

Nei botou a mão na boca do orador, gritando:

– Não estrague o enterro do rapaz!

Capistrano de Abreu, o grande historiador, era ateu. Sua filha, porém, entrou para o convento e saiu freira. Um dia, tentou converter o pai. E este, gozando o genrismo que já imperava na época:

– Não se aflija… Jesus Cristo, agora, é meu genro. Nós nos acomodaremos em família…