Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’

QUE DIREI EU?

Queixando-se um ministro de estado a um de seus primeiros subordinados, de ser ministro havia seis anos, o funcionário respondeu:

– Mais razão tenho eu de queixa, pois há seis anos que não sou ministro.

DISCURSO IDEAL

Um rei passando por uma pequena cidade do interior do seu reino, foi recebido pelo presidente da câmara municipal, o qual oferecendo a El-rei algumas garrafas de vinho e algumas peras, disse-lhe:

– Senhor, oferecemos à vossa majestade o nosso vinho, as nossas peras, e os nossos corações; é o melhor que possuímos.

El-rei, sorrindo, bateu no ombro do presidente, e respondeu, agradecendo:

– Eis os discursos que me agradam – breves!

MELHOR AINDA

Certa devota tinha feito uma novena a Santo Inácio para obter, pela interseção deste santo, a conversão de seu marido. Porém morrendo este dali a oito dias, exclamou ela:

– Como é grande a bondade deste santo! Concede ainda mais do que se lhe pede!

POR ISSO MESMO

Certo pregador, tendo pregado um sermão muito extenso, adormeceu todo o auditório, exceto um indivíduo que passava por bobo. Sumamente sentido o pregador pelo que estava vendo, exclamou muito encolerizado:

– Então que é isso, todos estão a dormir a exceção deste bobo!

– Bobo! – exclamou ele. – E tem razão senhor padre, pois se eu não fosse bobo, teria também adormecido como os demais.

NÃO SOMOS NADA!

Um rico proprietário que tinha grande paixão por cavalos, ficou sumamente penalizado ao dizer-lhe um dos seus criados, que o cavalo em que sua senhoria havia andado na véspera, tinha morrido naquela manhã.

– Que! – exclamou o proprietário. – O cavalo que eu ainda ontem de tarde montei?

– Sim, senhor. – respondeu o criado.

– O cavalo baio, que apenas tinha cinco anos, e era tão bem feito?

– É o mesmíssimo, senhor meu amo.

– Senhor Deus de Misericórdia, – exclamou então o proprietário muito consternado, vendo o cavalo estirado na cavalariça – nós não somos nada mesmo neste mundo!

BOTÂNICO

Em uma reunião de médicos e botânicos, perguntou um larápio, que ali havia se introduzido e deitado a mão em alguns objetos que lhe não desagradavam, qual era a planta mais útil ao homem. Cada qual apontou aquela que julgava mais salutar. Vendo porém o larápio que todos divergiam de opinião, deu uma gargalhada, e lhes disse afinal:

– Meus senhores, a planta mais útil ao homem é a planta dos pés! – E proferindo estas palavras, deitou a fugir.