Arquivo da Categoria ‘Origem de Ditados, Vocábulos e Termos de Gíria.’

FIASCO

O termo vem do italiano, significando um fracasso, vexame, e outras situações nada agradáveis para quem faz o fiasco. Na Europa, nos séculos XVII e XVIII, era costume os espectadores levarem frascos vazios para os teatros, para, em caso do espetáculo nãos lhes agradar, soprarem nos gargalos, causando uma zoeira infernal, como forma de vaia. Ora, em italiano frasco é fiasco; daí…

TURCO (TURCO DA PRESTAÇÃO)

 No Brasil popularizou-se a designação de turco para os árabes em geral. Entretanto, os tais turcos começam por não serem turcos. Na verdade são sírios e libaneses, o que é coisa diferente. Tal equívoco se deve a fato de que no período em que esses imigrantes começaram a vir para o Brasil – fins do século XIX, até 1918 – a Síria e o Líbano estavam sob domínio da Turquia, e eles vinham com passaporte turco.

FETICHE

Esse termo, os portugueses conseguiram a façanha de exportá-lo, e depois importá-lo novamente adulterado! Os lusos, ao colonizarem parte da África, difundiram entre os nativos muito de nosso vocabulário. Os negros receberam a palavra feitiço, que pronunciavam fetiche, e usavam para designar qualquer coisa que os maravilhava – um remédio, uma cerimônia, um ídolo. Anos depois, os exploradores franceses acharam lá a palavra, e passaram-na para a sua língua. E nós – que sempre nos encantamos com os termos estrangeiros – a adotamos para significar totem, máscara, etc.

CARIOCA

Oca é o termo tupi-guarani para designar casa, habitação; cari significa branco.  Quando os colonizadores construíram as primeiras casas, formando o vilarejo que deu origem à atual “Cidade Maravilhosa”, os índios exclamaram Carioca! Isto é, as casas dos brancos!

AMAZONAS (RIO, ESTADO)

 As amazonas eram as mulheres guerreiras da mitologia Greco-Romana. Em 1540, o desbravador Francisco Orellana foi atacado por ferozes índios cumuris, cuja aparência – rosto arredondado, cabelos longos, sem barbas, sem pelos no corpo – fez os europeus suporem terem combatido uma horda de mulheres guerreiras. Contudo, a afirmação de que os homens de Orellana, ao deles fugirem, tenham exclamado: “Puxa! São ainda mais bravas do que a minha mulher!…”; carece de comprovação histórica.

I. N. R. I.

 Expressão que os judeus escreveram na cruz em que morreu Cristo. São iniciais das palavras Iesus Nazarenus Rex Iudeorum (Jesus Nazareno Rei dos Judeus). O que não justifica o registro que fez aquele inventariante, no balanço de uma loja de artigos religiosos: Crucifixos:  Quantidade:…12 pç; Marca:… I.N.R.I”.