Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’
SEGUIU À RISCA
A mulher do caipira estava passando mal e o marido, vendo-a empalidecer, montou a cavalo na sua chácara, próxima da cidade e foi, galopeando, chamar o médico.
– Doutor! Por favor… Venha ligeiro! A minha mulher está muito mal!
– Agora, no momento, é impossível – disse o doutor. – Tenho dois chamados urgentíssimos de clientes em estado gravíssimo, mas vou lhe dar uma receita e, assim que ela possa, dê-lhe uma colherada e, dentro de uma hora estarei lá.
Ao entregar-lhe a receita recomendou-lhe:
– Não se esqueça de que antes de dar a poção é preciso agitá-la bastante e com força.
– Sim, senhor.
Antes de uma hora voltou o caipira, sem fôlego, no auge do desespero.
– Doutor! Minha mulher morreu!
– É impossível!
– Quando eu dei-lhe a primeira chacoalhada, a pobre esticou as canelas!
AINDA BEM
O comerciante agarra o caloteiro que encontra na rua, e lhe diz uma série de impropérios.
– Mas, em resumo, – diz o devedor – que reclama o senhor?
– Pergunta o que reclamo? Por certo que meu dinheiro!
– Se é assim, posso respirar! De momento, imaginei que o senhor queria mas era o meu.
INFALÍVEL
Um homem imensamente gordo consulta um médico:
– Que devo fazer para emagrecer?
– Arranje um emprego público, uma esposa, filhos, e consignações em folha… Depois, venha contar-me o resultado.
COMO ESTÁ MUDADO
Um rústico português radicado no Brasil há vários anos, sentindo muita falta da família que ficara em sua terra natal, quis possuir o retrato do seu pai. Para tanto, certo dia procurou um pintor, e pediu-lhe que retratasse o seu genitor.
O artista (que era um borra tintas, e um maroto), baseado em escassas e rápidas informações, prontificou-se a executar o trabalho.
Decorrido o prazo, o pintor apresentou um retrato velho que tinha ha anos sobre um cavalete, como sendo o encomendado. O português fixou o quadro visivelmente surpreso. Era completamente diferente da lembrança que tinha do pai que deixara na terrinha.
– É aquele, o meu pai?!! – estranhou.
– Sim, senhor, é aquele.
– Tem certeza de que é ele? – insistiu o luso.
– É ele, asseguro-lhe.
E assim, entre soluços e lágrimas, o português sacou da algibeira o dinheiro para pagar o precioso retrato, exclamando choroso:
– Coitado do meu pai!… Como está mudado!…Ó como está mudado o pobre do meu pai!…Pobrezinho do meu pai, como está mudado!…
SE CHEGASSE A TEMPO
Um guarda urbano socorre um sujeito que se acha caído no chão, todo machucado e com a roupa rasgada:
– O que há, chefe?
– Fui assaltado… eram dois, armados, bateram-me… bateram-me a carteira e depois… escapuliram…
– Imagine, seu chefe, se eu chego a tempo… – respondeu o guarda. – Éramos duas vítimas!
REMENDO
Um pai foi registrar o nascimento da filha.
– O nome? – diz o escrivão.
– Ruth.
Feito o registro verificou-se que o escrivão havia escrito: “Ruth, do sexo masculino, etc.”.
– Como! Aqui está errado! O sexo é feminino.
– Ó com os diabos! E neste livro não se pode riscar nem emendar…
– Dê um jeito…
– Aaaaa! Tão fácil!… diz o escrivão. – É só mudar o “ó” em “a”… Dá certo!
E lá foi lançado: “Ruth, do sexo masculina…”