Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’

O Marinho e o Soiza eram dois portugueses que se estabeleceram com o mesmo ramo comercial, café em xícaras, na mesma avenida, no Rio. Um bem em frente ao outro.

O Marinho, chamando um pintador de paredes, mandou pintar, com tintas de corres berrantes, sobre as portas: Um ramo de café, uma santa e uma cruz de Malta.

O Soiza, que lá do seu estabelecimento tudo observava, interpelou o patrício.

– Ó Marinho! Que raio de borradela estás por aí a fazeire?

– Borradela, nada homain! Não bês logo a iarte e a ciência com que isto foi imaginado?

– Não t’entendo.

– Tão fácile: um ramo de café, uma santa e uma cruz: Café Santa Cruz!

– Tu tens um talento de três estalinhos!

O Soiza que gostara da idéia do colega, assim que o pintor se desocupou mandou chamá-lo. No outro dia aparecia vistosa na parede do Soiza a seguinte pintura: Um pé de café, uma nuvem e um boi sobre a nuvem.

O Marinho, ao ver aquilo, gritou para o concorrente:

– Ó Soiza! Que raio de marmelada é essa aí?

– Marm’lada nada! Não bês logo? Café Voi nos Aires!

Antes de deitar-se, o solteirão chamou o criado e deu-lhe a seguinte ordem:

– José, amanhã quero, ao café, dois ovos quentes, passados na água durante três minutos.

– Mas, doutor, comumente eu os deixo na água durante dois minutos – lembrou o criado.

– Sei disso, mas amanhã quero dormir um pouco mais…

Um patusco fizera uma viagem de Goiás ao centro de Minas, tocando gado. Na cidade grande notou que, em toda parte, sempre que uma pessoa espirrava, outra bradava:

– “Dominus tecum”!

Tanto ouviu essa expressão que se resolveu:

 – Vou levá esse “temenostéco” pro sertão… Quanto mais se viaja mais se aprende!

Chegando em sua terra, em palestra com um amigo, este deu um espirro:

– Atchiii!

E o outro, imediatamente:

– Tomenostéco, compadre!

– Uai! Que negócio de temenostéco é esse?

– Eu num sei o que é… Mais é muito bão prá espirro!

Em certa reunião familiar, pergunta uma senhora ao cavalheiro a seu lado:

– Dize-me que horas são?

Este, depois de consultar o relógio:

– Meia noite e meia hora.

E guardando o relógio no bolso, observa:

– Já estamos em amanhã.

O patrão diz ao empregado:

– Rozendo. Vou à cidade e quero que cuides de meu cavalo. Faz com que não lhe falte pasto.

– Não tenha cuidado. Antes faltar a mim do que a ele.

O candidato vai à casa da moça, para pedi-la em casamento. Enquanto conversam na sala de estar, pergunta-lhe a futura sogra:

– O senhor é viúvo?

– sim, senhora.

– E de que morreu sua esposa?

– Matei-a com seis tiros, em legítima defesa da minha honra.