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AMEAÇA TERRÍVEL
Um provinciano veio a cavalo, à cidade. Enquanto ele estava ocupado com seus negócios, os ladrões roubaram-lhe o animal.
Em vez de ir à polícia queixar-se, o provinciano mandou publicar o seguinte anúncio: “AVISO: Aquele que roubou o cavalo da rua X, deve restituí-lo dentro de 48 horas, certo de que não lhe acontecerá nenhum mal. Se o ladrão não o fizer, o proprietário do cavalo ver-se-á obrigado a fazer o que fez seu pai, em idênticas circunstâncias, durante a revolução.”
O funcionário do balcão de anúncios, impressionado com o tom ameaçador do aviso, perguntou-lhe:
– Afinal, que fez seu pai quando foi roubado?
– Pôs a sela às costas e voltou a pé para a sua terra.
CALOTEIRO
Um caloteiro recalcitrante é procurado por um credor.
– Como a sua continha está um pouco atrasada, venho pedir-lhe algum dinheiro por conta, tanto mais que amanhã vence-me uma letra e estou sem recursos.
– Essa é boa! – responde o caloteiro. – Então, você faz dívidas e eu é que hei de ajudá-lo a pagá-las?
ESPOSA EMPALHADA?
A mulher está furiosa e acusa o marido de lhe dar pouca atenção, de só saber ser delicado para os outros:
– Sabes? Tu chegas ao desaforo de preferires os animais à minha pessoa. Ainda, há dias, quando morreu o papagaio, gastaste um dinheirão para o empalhar!
– Sê razoável…
– Aposto que não eras capaz de fazer o mesmo por mim!
PRECAUÇÃO
A patroa entra na cozinha de repente, e leva um susto. Diz para a empregada:
– Que é isto, Joaquina, um bombeiro na cozinha?
– A senhora tem tanto medo dos incêndios… tomei as minhas precauções.
INQUÉRITO
O tropeiro apeia-se à porta de um armazém e pede a um pequeno para lhe segurar o cavalo.
– Não morde? – perguntou o pequeno.
– Não.
– Não dá coices?
– Não.
– É fujão?
– Não.
– E não são precisos dois para o segurar?
– Não.
– Nesse caso, segure-o você, que tem idade para isso.
MOTIVO DE PREOCUPAÇÃO
Quando morreu o padre de uma paróquia, puseram um aviso à porta da igreja onde ele costumava rezar missa: “O nosso estimado Padre Fulano de Tal, partiu para encontra-se com Cristo, esta manhã às 10 horas.”
Uma mão irreverente escreveu mais embaixo, a lápis: “Três horas da tarde. Ainda não voltou. Começamos a ficar inquietos.”