Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’
INDÚSTRIA DO FISCO
Quando Portugal tomou posse do Brasil, procurou logo tirar do novo domínio o máximo de rendimento, com o mínimo de dispêndio. Colonizou-o, não com o intuito de criar aqui um país com vida própria, mas para ter número maior de camaradas no eito. Firme nessas idéias, o Reino organizou um só serviço: o FISCO. Tudo mais caiu para segundo plano…
QUEM NÃO ROUBA É BOBO
Era tamanha a consciência popular das bandalheiras cometidas na Corte de D. Maria I – os desvios de verbas públicas e a malversação das imensas riquezas que vinham do Brasil – que em Lisboa o povo dizia: “Quem rouba um milhão é um barão, quem rouba um tostão um ladrão, e quem não rouba nada um grande parvalhão.”
ESTRADAS LUSITANAS
No reinado de D. Maria I projetaram-se em Portugal algumas estradas, mas em estilo único! Em vez de começar pelas estradas em si, começou-se pelos marcos ! Lindíssimos! Colunas monumentais, talhadas em fino mármore, providas de altaneiros relógios de sol! Formosos!…
Quanto às estradas, o dinheiro foi desviado… pela rainha! Os 16 milhões de cruzados foram aplicados no novo Convento da Basílica da Estrela! Os reis portugueses sempre aplicaram mais dinheiro nas estradas para o Céu do que nas terrestres…
CORTE DE ELITE
Durante o reinado de D. Maria I (1734-1816) de Portugal- período em que mais intensa foi a espoliação do Brasil – a corte da rainha era composta pelo que havia de pior em termos intelectuais e morais.
Sabendo do fanatismo religioso da Rainha, uma série de espertalhões supostamente piedosos, tomou conta da Corte. Muitos padres nessa época eram analfabetos – o que não deve causar espanto porque não se lia a Bíblia que, ainda por cima era escrita em latim.
Tanto assim, que um truão que servia o Arcebispo de Thessalônica, confessor da Rainha; costumava gracejar com o amo:
– Só três tipos de pessoas tem entrada no Paço: – dizia ele – o sábio, o santo e o bobo. O sábio sai logo desanimado; o santo vira mártir; só o bobo prospera!
O arcebispo – ele próprio bêbado e ignorante – sacudia a cabeça e ria às gargalhadas!
O REBANHO
No mercado público da cidade, um homem pretensioso que tinha uma pequena chácara no campo, avistando o seu empregado recém chegado de lá, perguntou-lhe bem alto, para que todos ouvissem:
– E então? Como vai o meu “rebanho”?!
– Ah, patrão – respondeu o empregado – quando eu parti de lá, uma ovelha estava deitada e a outra pastando…
CASE-O
Um rústico, que tinha sido alegre e bem disposto nos tempos de rapaz solteiro, depois de alguns anos de casado, tornou-se taciturno, magro e encurvado.
Um dia, indo para o campo trabalhar, ele viu um açougueiro perseguir um touro, e perguntou-lhe por que fazia isso.
– Porque eu quero amansá-lo – respondeu o açougueiro.
– Ah – respondeu o rústico – então faça ele se casar, se isso não deixá-lo mansinho, nada mais o fará!