Arquivo da Categoria ‘Anedotas Históricas e Piadas Populares’
NÃO TENHO CERTEZA
Um homem encontrou na rua um conhecido a quem não via há bastante tempo, e exclamou:
– O meu amigo por aqui! Mas que surpresa esta! Tinham-me dito que morrera.
– Como podes ver estou vivo, e bem vivo!
– Pode ser, pode ser… Mas olhe que quem me o disse é pessoa de todo o crédito!…
CONFUSÃO
Um barbeiro, um careca e um tolo viajavam juntos. Tendo de acampar à noite, decidem fazer turnos para vigiar a bagagem. Quando chega o turno do barbeiro, este vai se aborrecendo e, para se divertir, raspa o cabelo do tolo… Este, quando acorda para o turno seguinte, passa a mão pela cabeça e diz:
– É tão estúpido, o barbeiro… acordou o careca em vez de me acordar a mim.
PARENTESCO
Um homem do campo foi para a corte, e lá chegando chamou a atenção de todos por sua incrível semelhança com o rei. Era um sósia perfeito. Afinal a coisa chegou aos ouvidos do próprio monarca, que, mandando chamar o súdito à sua presença, interrogou-lhe com certa malícia:
– Por acaso a tua mãe costumava trabalhar aqui na Corte?
Ao que o campônio respondeu:
– Não, majestade; quem trabalhou muitos anos nas cavalariças reais, foi meu pai…
FALEM BAIXO!
D. Duarte da Costa, que em 1553 assumiu o governo geral do Brasil, costumava rondar à noite pelo povoado que era então a Bahia.
Certa vez, percorria uma das vielas escuras, quando escutou altas vozes dentro de uma casa fechada, em que havia luz. Um anexim português da época dizia: “Porcos com frio e homens com vinho, fazem grande ruído”.
D. Duarte aproximou-se, cauteloso, e prestou atenção no que diziam. Verificando que o assunto era a sua própria pessoa, a quem atacavam impiedosamente, ouviu tudo calmamente. Quando houve uma pausa, D. Duarte falou alto, por uma fresta da tábua:
– Senhores, procurem falar mais baixo, pois quem os ouve neste momento é o governador…
ESCRITURA
No início, o Brasil não era para os portugueses mais do que um imenso armazém, de onde eles tiravam as riquezas que queriam: madeiras, ouro e prata, pedras preciosas, animais exóticos, etc.
Mas, logo eles viram a necessidade de ocupar a terra. Outras nações européias julgaram-se no direito de também explorar essas novas terras descobertas, que Portugal e Espanha haviam dividido entre si.
Francisco I, rei da França nessa época, havia dito em certa ocasião:
– Eu quero que me mostrem o testamento de Adão que repartiu o Novo Mundo entre o rei de Espanha e o rei de Portugal, pondo-me fora da partilha.
ESCOLA DE LÍNGUAS
Séculos depois do descobrimento, o historiador Capistrano de Abreu manteve, em seu sítio durante algum tempo, dois índios caxinoás, cuja língua desejava aprender.
Visitado por um intelectual, informou Capistrano que, enquanto aprendia o caxinoá ia, ao mesmo tempo, ensinando português aos primitivos. Perguntou o visitante aos índios:
– Como é? Capistrano já fala o caxinoá?
E logo um deles respondeu:
– Capistrana é burra!…